sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vazio

O vazio incomoda
Mas o cheio entorpece
.
.
E olhos de Perséfone não ajudam a desvendar
O que traz a rigidez de um pensamento
Que joga espumas ao vento
Sem perceber que vazio não se preenche com vazio
E que até o nada contém alguma coisa.
Palavras exiladas não irão decifrar
A ânsia de descrever
A loucura incidente no pensar
Que deixa frestas bem abertas
Pro mínimo de luz sempre passar.


Um comentário:

  1. "A loucura incidente no pensar
    Que deixa frestas bem abertas
    Pro mínimo de luz sempre passar."

    Lindo!!!
    E que essa loucura iluminada nos liberte da escuridão do previsível, do calculado, daquilo que é poeticamente VAZIO.

    Beijos cheios de poesia...

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